Mosteiro de Santa Maria de Seiça

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Inscreve-te



O Concurso de Fotografia já começou!

Estamos à espera das tuas fotos!

Inscrições de 18 de Janeiro de 2010 a 27 de Fevereiro de 2010


O grupo CESAN

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

A Lenda da Fundação do Mosteiro - D. Afonso Henriques e Seiça

Esta lenda conta-nos como D. Afonso Henriques se encontrava a caçar na região do antigo Couto de Barra (a sul do rio Mondego; a localidade de Barra ainda existe) quando um dos seus cavaleiros cai do seu cavalo e morre instantaneamente.
Aparentemente, o Rei muito estimava o seu cavaleiro, e por isso decidiu mandar levar o seu corpo para uma ermida que se situava nas redondezas (a Capela de Seiça), de forma a ser chorado condignamente. Estavam a prepará-lo para o enterro quando o jovem começou a ter reacção: um milagre certamente!
Mais tarde, o Rei toma conhecimento da lenda do Abade João, chegando à conclusão que a Senhora de Seiça seria responsável por tantas ressurreições. Como agradecimento à Virgem e para homenagear a memória do corajoso Abade João, decide construir no local da queda do seu cavaleiro um Mosteiro consagrado a Santa Maria de Seiça (concluído no reinado do seu filho, D. Sancho I), o mesmo que hoje, após oitocentos anos de história, se encontra abandonado e num estado mais que lastimável de degradação.

Ambas as lendas atrás relatadas se encontram ilustradas em frescos no interior da Capela de Seiça (construída por volta de 850 pelo Abade João, mas cujo edifício actual data de 1608), a única capela octogonal da Península Ibérica, intrinsecamente ligada à história do Mosteiro de Santa Maria de Seiça.

A Lenda do Abade João

Reza a lenda que, no século IX a.C., o castelo de Montemor-o-Velho (onde ainda hoje se encontra a localidade com o mesmo nome) se encontrava sitiado por muçulmanos que iriam atacar a população.
O comandante da legião montemorense era um tal Abade João, homem pragmático e racional, a quem cabiam as mais penosas decisões. As provisões diminuíam de dia para dia, as enfermidades aumentavam e a batalha estaria certamente perdida, já que os árabes eram muito mais numerosos e ferozes que os cristãos.
Aumentando ainda mais o carácter drástico da situação vivida, os muçulmanos, para além de chacinar os homens e saquear a povoação, iriam certamente violar e escravizar as mulheres e crianças da localidade que sobrevivessem ao ataque. Tal destino, aos olhos do Abade João, seria pior que a morte. Sendo assim, levado pelo desespero, mandou degolar todas as mulheres e crianças (começando pela sua própria família), partindo depois para a batalha.
Depois de muitos combates e perseguições, os cristãos acabaram por sair (contra todas as previsões) triunfantes nos campos de um sítio a que se chamava Seiça. Mas a vitória sabia a fel depois dos terríveis assassinatos bem-intencionados.
Apareceu então um cavaleiro com a boa nova que todas as mulheres e crianças sacrificadas haviam ressuscitado por intervenção de Nossa Senhora, permanecendo uma única prova do massacre: uma linha no pescoço onde haviam sido degolados.
Comovido com o milagre, o Abade João renuncia a todos os confortos da vida que levara e decide fundar uma pequena capela (que ainda hoje existe, a belíssima Capela de Seiça) onde viveria o resto da sua vida, em isolamento. Dentro da capela pode-se encontrar uma imagem da Senhora de Seiça com uma linha vermelha ao redor do seu pescoço, simbolizando o milagre que aconteceu há mais de um milénio.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

História do "nosso" Mosteiro

Durante os séculos XII e XIII, o Mosteiro teve grande importância, tanto a nível regional como nacional, tendo características arquitectónicas únicas na Península Ibérica.
O Mosteiro manteve grande prosperidade durante este período, sendo que a principal ocupação dos monges era o trabalho agrícola e a pecuária.
Contudo, a partir de meados do século XIII, a instituição começou a enfraquecer, até que, no século XIV, os monges atravessaram graves problemas no seu sustento e enfrentavam saques por parte dos Castelhanos na sua passagem a caminho da terra de Aljubarrota em 1385. A situação agravou-se nos séculos XV e XVI, pois para piorar ainda mais a situação, a crise da Monarquia e da Igreja levou à extinção temporária do Mosteiro por D. João III, em 1555.
A partir do século XIX, o Mosteiro passou a ser propriedade da Paróquia do Paião e todos os seus bens materiais foram distribuídos por várias Igrejas e Museus. Pouco tempo depois a nave da Igreja foi destruída no lançamento da Linha do Oeste e o Mosteiro foi vendido a um particular para se tornar primeiramente uma fábrica de moagem e só depois de descasque de arroz, produto característico da região.

Na década de 70 a fábrica fechou e hoje em dia o Mosteiro è propriedade da Câmara Municipal da Figueira da Foz, estando num estado deplorável.

Concurso de Fotografia

Como produto final do nosso projecto, decidimos realizar um concurso de fotografia, subordinado ao tema “Património Concelhio da Figueira da Foz”. Este vai abranger os jovens que frequentam o ensino secundário de todas as escolas do concelho.
Este concurso tem como objectivo incentivar os jovens a preocuparem-se com o seu Património, bem como de revelar um novo talento fotográfico, que terá a oportunidade de mostrar o seu trabalho numa exposição no Paço de Tavarede. O júri, na escolha dos vencedores (primeiramente os 10 finalistas e depois o vencedor propriamente dito), irá debruçar-se em dois aspectos essenciais: o primeiro, obviamente, é a qualidade da fotografia em si; o segundo é a pertinência dos elementos fotografados – de acordo com o regulamento do concurso – tanto a nível histórico como cultural.
As inscrições já estão abertas! Se queres provar o teu talento e mostrar o teu trabalho enquanto ajudas a divulgar o património do teu concelho, participa! Se ganhares, podes realizar a tua primeira exposição fotográfica! Consulta o nosso regulamento neste blogue.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Porquê o Mosteiro de Seiça?

Para que melhor compreendessem a escolha do Mosteiro de Santa Maria de Seiça como tema central do nosso projecto, gostaríamos de explicar as razões da nossa afinidade com o monumento.

À excepção de um elemento do grupo, todas vivemos na margem sul do rio Mondego, relativamente perto do mosteiro. Mas só duas de nós - que cresceram a ouvir falar dele e da sua condição - o conheciam, e à sua história, compreendendo a importância deste monumento para a população que o rodeia. O resto do grupo interessou-se ao primeiro contacto, descobrindo a sua história, o seu estado de degradação e percebendo a impotência sentida pelas populações vizinhas por não poderem fazer frente ao óbvio - o Mosteiro de Seiça irá acabar por ruir, desaparecendo uma importantíssima parte da história do concelho, do património nacional!
Foi então que decidimos fazer algo para mudar o rumo que a
história do mosteiro parecia estar a seguir. Juntando o útil ao agradável, recorremos à disciplina de Área de Projecto.
Começamos por divulgar o estado em que o monumento se encontra, par
a que mais se sintam indignados, e, tal como nós, o queiram salvar.
Assim, incluímos o Mosteiro no nosso projecto e, ao longo do ano, iremos tentar mudar a situação de um monumento tão querido para as populações vizinhas mas desconhecido por tanta gente, a apenas um rio de distância!


Aqui ficam algumas fotos do Mosteiro que exemplificam a deg
radação que é fundamental combater...



A famosa oliveira no topo de uma das torres.


O (buraco que era) tecto do átrio.


Os claustros inundados de vegetação.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Saudações

Bem-vindos!



Nós somos o grupo CESAN de Área de Projecto de 12º ano da Escola Secundária com 3º CEB de Cristina Torres da Figueira da Foz. Actualmente estamos a realizar um trabalho cujo tema é “Requalificação do Património Histórico Concelhio - Restauração e Aproveitamento Turístico do Mosteiro de Seiça”. Nesse sentido, o nosso projecto inclui a elaboração deste blogue como meio de divulgação do trabalho elaborado. Esperamos que gostem!

Para já, fiquem com uma foto do "nosso" Mosteiro.


Regulamento do Concurso de Fotografia

Escola Secundária com 3º CEB de Cristina Torres
Área de Projecto - 12ºE
Grupo CESAN


Regulamento do Concurso de Fotografia

Património Concelhio



PARÂMETROS GERAIS

Artigo 1º. – O concurso de fotografia subordinado ao tema “Património Concelhio” destina-se aos alunos dos 10º, 11º e 12º anos das três escolas secundárias da Figueira da Foz (Bernardino Machado, Joaquim de Carvalho e Cristina Torres) e ao Instituto Técnico Profissional da Figueira da Foz (INTEP).
Artigo 2º. – Todas as fotografias subordinadas ao concurso deverão ser enviadas (em formato JPEG, sem qualquer alteração digital, exceptuando o ajustamento do contraste e da luminosidade) em conjunto com todos os dados pedidos para inscrição para o e-mail apcesan@gmail.com
Artigo 3º. – Será requerido aos participantes enviar no acto da inscrição, através do e-mail acima mencionado, os seguintes dados: nome, idade, escola, ano e turma, localidade de residência, subtema ou localidade/freguesia escolhidos.
Artigo 4º. – A finalidade deste concurso será promover o Património do concelho da Figueira da Foz, muitas vezes descorado ou esquecido pelos jovens e pela população em geral. Como o tema do grupo CESAN está relacionado com a preservação de um monumento em particular, irá ser mais relevante a divulgação para a preservação do Mosteiro de Santa Maria de Seiça. Outro ponto importante será a descoberta e divulgação de um novo talento fotográfico.
Artigo 5º. – O júri será composto por elementos qualificados na área das Artes e da História. Aos elementos do grupo CESAN estará reservada uma função consultiva e de desempate.
Artigo 6º. – O concurso será dividido em duas fases, de forma a permitir uma maior diversidade de trabalhos apresentados, as quais serão expostas de seguida.
Artigo 7º. – Todas as decisões do júri serão invioláveis e finais e qualquer pedido de recurso será sumariamente ignorado.

I
PRIMEIRA FASE

Artigo 1º. – Os interessados deverão submeter-se ao tema do concurso, Património Concelhio, que inclui subtemas como monumentos, tradições, trajes típicos, grupos etnográficos (ranchos), filarmónicas, pessoas, igrejas/capelas e actividades típicas da região como a agricultura, pesca e praia. Pretendemos destacar que este tema pretende incidir não só na cidade da Figueira da Foz, bem como em todas as suas freguesias, quer a norte ou a sul do concelho.
Artigo 2º. – Não será necessário subordinar-se a um subtema exclusivo. Este concurso tem duas vertentes: ou a exploração de uma localidade ou freguesia com a possibilidade de fotografar todas as suas actividades e costumes, ou a escolha de um subtema nos vários espaços do concelho. Sendo assim, a título de exemplo, será possível fotografar na freguesia de S. Pedro a actividade piscatória, as festas populares e a actividade balnear. Por outro lado, também será possível fotografar as festas populares em várias freguesias.
Artigo 3º. – Os participantes deverão entregar três fotografias.
Artigo 4º. – Serão escolhidos dez finalistas, ou cinco, dependendo do número de inscrições, decisão que será do encargo do júri e do grupo CESAN.
Artigo 5º. – O prazo das inscrições será de 18 de Janeiro de 2010 a 26 de Fevereiro de 2010.


II
SEGUNDA FASE

Artigo 1º. – Os finalistas serão notificados a 1 de Março através de correio electrónico.
Artigo 2º. – Os finalistas deslocar-se-ão ao Mosteiro de Santa Maria de Seiça para fotografarem o monumento nos dias três (quarta-feira) e seis (sábado) – consoante a sua disponibilidade – de Março de 2010, cujo transporte será da responsabilidade dos elementos do grupo.
Artigo 3º. – As novas fotos dos finalistas, em número de duas, deverão ser enviadas de novo para o e-mail apcesan@gmail.com com nome e idade num prazo máximo de 12 de Março de 2010 (sexta-feira).

III
VENCEDOR


Artigo 1º. – Após discussão das melhores fotografias pelo grupo e por um júri habilitado para tal, os finalistas serão contactados por e-mail a fim de saberem a sua posição.
Artigo 2º. – A notificação oficial à comunidade do vencedor do concurso ocorrerá durante uma cerimónia que o grupo irá realizar para promover o Mosteiro de Santa Maria de Seiça, apenas durante o terceiro período escolar.

IV
PRÉMIOS

Artigo 1º. – O vencedor do concurso ganhará a oportunidade de expor todas as fotografias, enviadas para este concurso, no Paço de Tavarede.
Artigo 2º. – Os participantes que alcançarem o segundo e terceiro lugar apenas terão oportunidade de expor uma fotografia que foi tirada no Mosteiro de Santa Maria de Seiça.

O grupo CESAN