Mosteiro de Santa Maria de Seiça

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

A Lenda da Fundação do Mosteiro - D. Afonso Henriques e Seiça

Esta lenda conta-nos como D. Afonso Henriques se encontrava a caçar na região do antigo Couto de Barra (a sul do rio Mondego; a localidade de Barra ainda existe) quando um dos seus cavaleiros cai do seu cavalo e morre instantaneamente.
Aparentemente, o Rei muito estimava o seu cavaleiro, e por isso decidiu mandar levar o seu corpo para uma ermida que se situava nas redondezas (a Capela de Seiça), de forma a ser chorado condignamente. Estavam a prepará-lo para o enterro quando o jovem começou a ter reacção: um milagre certamente!
Mais tarde, o Rei toma conhecimento da lenda do Abade João, chegando à conclusão que a Senhora de Seiça seria responsável por tantas ressurreições. Como agradecimento à Virgem e para homenagear a memória do corajoso Abade João, decide construir no local da queda do seu cavaleiro um Mosteiro consagrado a Santa Maria de Seiça (concluído no reinado do seu filho, D. Sancho I), o mesmo que hoje, após oitocentos anos de história, se encontra abandonado e num estado mais que lastimável de degradação.

Ambas as lendas atrás relatadas se encontram ilustradas em frescos no interior da Capela de Seiça (construída por volta de 850 pelo Abade João, mas cujo edifício actual data de 1608), a única capela octogonal da Península Ibérica, intrinsecamente ligada à história do Mosteiro de Santa Maria de Seiça.

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